Assim começa a nota explicatória de "Salto Mortal", último disco de Dolores Solá, primeiro em carreira solo. O que tenho a dizer é que conseguiu muito bem, a moça, resolver o problema do repertório, que se mostrou excelente.
A história: Não tivesse o secretário da cultura de poa aparecido no Ocidente com a cantora argentina para a canja do sarau elétrico, eu teria perdido um excelente espetáculo. Surgiu a moça com dois violonistas no bar e tocaram três músicas. Foi o suficiente para me fazer ir ao show no dia seguinte. Ainda que não conhecesse nenhuma das músicas, todas me fascinaram: a voz forte e bonita estava em perfeita harmonia com os instrumentos. Pareceu não ter sido suficiente para Dolores ter ótimos violonistas e pianista para acompanhá-la: o show ainda teve as participações de Arthur de Faria e de Hique Gomez (este direto da Sbórnia). Com direito a duelo de percussão, tango com excerto de Being for the benefit of Mr. Kite, pianista caminhando de um lado para o outro com piano nos braços, homem banda, gritos gaudérios, sem falar do bom humor de todos os músicos, a apresentação foi impecável.
A última música antes do bis, Fox Trot de Gigolette (La Danza de las Libélulas), foi, para mim, o melhor do show. A imagem de Lola marchando pelo palco e acompanhando a música com o apito é algo que quero guardar na memória. Que venha mais vezes a porto alegre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário